Resumo: O texto discute as convergências e divergências entre duas caracterizações da modernidade que apontam para sua dimensão mítica: a crítica formulada por Adorno e Horkheimer na Dialética do esclarecimento e a concepção de Enrique Dussel, sobretudo conforme se apresenta em seu livro 1492: o encobrimento do outro. Essa proposta de interlocução teórica almeja enriquecer o projeto de descolonização da Teoria Crítica e melhor explorar seu potencial de crítica sociopolítica – sobretudo no que tange a estruturas, processos e relações sociais nas sociedades periféricas do capitalismo mundial. Para tal, o artigo é desenvolvido em três passos: inicia com a apresentação dos argumentos clássicos da Teoria Crítica quanto à narrativa mítica da modernidade; em seguida, discorre sobre as possibilidades de ampliação e revisão crítica dessa perspectiva com base nos trabalhos de Dussel; e, por fim, realiza um balanço da discussão e traça considerações sobre a pertinência e a necessidade desse diálogo.
Abstract: The paper discusses the convergences and divergences between two characterizations of modernity that point to its mythical dimension: the critique formulated by Adorno and Horkheimer in Dialectics of Enlightenment and the conception of Enrique Dussel as presented in his work 1492: El encubrimiento del otro. This theoretical interlocution proposal aims to enrich the Critical Theory's decolonization project in order to better explore its potential for sociopolitical criticism – especially regarding to social structures, processes and relations in peripheral societies of world capitalism. The article is organized in three steps: it starts with the presentation of the classic arguments of Critical Theory regarding the mythical narrative of modernity; then, it discusses the possibilities of expanding and critically reviewing this perspective based on Dussel works; and, finally, it makes an assessment of the discussion and outlines considerations about the pertinence and necessity of this dialogue.
Resumen: El texto discute las convergencias y divergencias entre dos caracterizaciones de la modernidad que apuntan a su dimensión mítica: la crítica formulada por Adorno y Horkheimer en Dialéctica de la ilustración y la concepción de Enrique Dussel, sobre todo como se presenta en su libro 1492: El encubrimiento del otro. Esta propuesta de interlocución teórica tiene como objetivo enriquecer el proyecto de descolonización de la Teoría Crítica y explorar mejor su potencial para la crítica sociopolítica, especialmente en lo que respecta a las estructuras, procesos y relaciones sociales en las sociedades periféricas del capitalismo mundial. Para ello, el artículo se desarrolla en tres pasos: se inicia con la presentación de los argumentos clásicos de la Teoría Crítica sobre la narrativa mítica de la modernidad; luego, se analizan las posibilidades de ampliar y revisar críticamente esta perspectiva a partir de la obra de Dussel; y, finalmente, hace balance de la discusión y esboza consideraciones sobre la pertinencia y necesidad de este diálogo.